A perspectiva de inflação do Brasil para 2022 subiu acima da meta oficial do banco central para o fim do ano pela primeira vez, enquanto a perspectiva de crescimento para este ano caiu pela sétima semana consecutiva, mostrou uma pesquisa com economistas na segunda-feira.
A mediana das previsões para a inflação de 2022 de mais de 100 economistas da pesquisa semanal “FOCUS” do banco central subiu de 3,5% para 3,6%. A meta do banco central para o final do ano é de 3,5%, com margem de erro de 1,5 ponto percentual em ambos os lados.
O presidente do banco central, Roberto Campos Neto, defendeu na semana passada a estratégia planejada do banco de elevar as taxas de juros de forma agressiva no início do ciclo de aperto monetário para evitar ter que aumentá-los muito no final e para manter as expectativas de inflação para 2022 sob controle.
“Sempre existe o risco de que a inflação de curto prazo comece a contaminar a ponta longa e por isso decidimos movimentar mais do que o mercado esperava (ed). Movimentar mais tem maior eficiência e, no final, precisamos fazer menos”. ele disse.
A mediana da inflação projetada para 2021 permaneceu estável em 4,9%, ainda bem acima da meta do banco central de 3,75%.
Mas como a pandemia de COVID-19 e o processo de vacinação irregular continuam a azedar o consumidor e o sentimento empresarial, a previsão de crescimento econômico médio para este ano caiu pela sétima semana de 3,1% para 3%, mostrou a pesquisa.
A previsão oficial do banco central é de crescimento de 3,6% neste ano.
As previsões para o fim do ano de 2021 para a taxa de câmbio também caíram pela quarta semana de 5,37 para 5,40 reais por dólar, mostrou a pesquisa.
($ 1 = 5,59 reais)
Reuters