quinta-feira, abril 25, 2024

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Polícia prende 17 suspeitos por fraude em curso de medicina

Ao todo, 17 suspeitos foram levados em prisão temporária, seguindo mandados expedidos pela Justiça

Uma quadrilha especializada em vender vagas em cursos de medicina foi presa, na sexta-feira (12), em Presidente Prudente (558 km de SP). O bando cobrava entre R$ 80 mil e R$ 120 mil por vaga, segundo a polícia.

Ao todo, 17 suspeitos foram levados em prisão temporária, seguindo mandados expedidos pela Justiça. A identidade dos presos não foi informada, nem a quantidade de vagas vendidas pelo bando.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB), as investigações começaram por conta de uma denúncia de fraude, detectada em abril de 2017, no vestibular para o curso de medicina da Fema (Fundação Educacional do Município de Assis, a 434 km de SP).

“A Vunesp [fundação que realiza o vestibular da Fema] relatou inconsistências nas identificações datiloscópicas, assinaturas nas folhas de respostas e nas imagens captadas dos candidatos aprovados”, diz trecho de nota da secretaria.

A polícia afirmou que, na ocasião, a direção da instituição relatou que “terceiras pessoas” teriam se passado por cinco candidatos, inscritos para o vestibular de medicina, e feito as provas no lugar deles. “Após o episódio, um inquérito foi instaurado para apurar os crimes de organização criminosa, estelionato e falsificação de documento público”, acrescentou a SSP.

Segundo a polícia, o bando criminoso se estruturava em três frentes: o núcleo de coordenação, o de captação de “clientes” e o dos intermediários que facilitam o esquema fraudulento dentro das universidades.

A operação contou com 350 policiais, além de membros do Ministério Público. Além das prisões, foram cumpridos 55 mandados de busca e apreensão, durante os quais foram apreendidos computadores, documentos, dinheiro, e veículos de luxo.

Resposta

A Fema afirmou, em nota, que cancelou as matrículas dos cinco alunos que pagaram à quadrilha para ingressar no curso de medicina da instituição.

A fundação acrescentou que, em 2017, verificou as inconsistências no reconhecimento biométrico dos cinco candidatos, no momento da matrícula e, por isso, acionou à polícia. Em seguida, “abriu […] um processo administrativo interno para averiguação dos fatos”, diz trecho de nota.

A instituição reforça sua “transparência e ética” afirmando estar “à disposição da polícia para mais esclarecimentos”.

BandaB

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