O tatuador de Pavuna, Rio de Janeiro, Rafael Maciel, 18 anos, chamou atenção em seu Twitter para um projeto que faz tatuagens gratuitas para pessoas que querem esconder ou transformar cicatrizes de automutilação, marcas de um passado triste, em lindas artes, dando a essas marcas um novo significado!
Conversando com ele, descobrimos que na verdade, a iniciativa surgiu do projeto Meu Recomeço, idealizado pela tatuadora Heloise Helena Sutil, 20 anos, e pelo seu noivo, o empresário Italo Aurélio Rodrigues, 24 anos, de Curitiba. O projeto ainda é um embrião, mas em poucos dias, milhares de tatuadores de todo o Brasil toparam participar!
“O projeto foi inspirado da ação de um outro tatuador, Gustavo Catuaba, que faz tatuagens gratuitas para mulheres que passaram por mastectomia. Achei incrível o projeto dele e resolvi fazer algo que estivesse ao meu alcance”, explicou.
A Helo nos contou que criou o site para que os tatuadores pudessem se cadastrar no projeto e levá-lo para todo o Brasil. Em apenas duas semanas de site, já tem cerca de 2 mil tatuadores cadastrados!
“Na verdade achamos que seriam poucas pessoas que se interessariam e que não chegaríamos a receber muitas mensagens, foi uma surpresa imensa falar com pessoas do Brasil todo! Falei até com algumas pessoas de Lisboa!”, relatou.
Ela também relatou que toda vez que faz uma tatuagem do projeto, tem que segurar a emoção.
“São muitas histórias marcantes. Na verdade, a ideia era ajudar, mas não sabia exatamente no que e como. Minha mãe sempre me disse que a minha ‘missão’ era ajudar as pessoas e fiquei com isso na cabeça, porém quando eu realmente me encontrei na tatuagem, fazendo o que eu AMO, aí sim eu entendi que poderia ajudar as pessoas de alguma forma usando o que eu mais gosto de fazer!“, disse.
Entre os tatuadores que abraçaram o projeto, está o Rafael. Há poucos dias, ele fez o seu primeiro trabalho numa garota que tinha o desejo de deixar pra trás o triste passado.
“Eu gostei muito da ideia e que gostaria de trazer este projeto para a cidade, achei muito legal poder ajudar essas pessoas.”
“Foi uma experiência diferente sabe? Pretendo sim continuar com este projeto. É uma coisa que tem um peso emocional muito grande, a sensação de poder ajudar a pessoa com a sua arte, com o seu trabalho, é incrível”, afirmou Rafael.
G1PR