Tricolor teve a segunda maior receita da década, atrás apenas de 2013, alavancada pela venda do Boqueirão
Mesmo que decepcionante dentro de campo, a passagem do Paraná pela Série A na última temporada trouxe um saldo positivo para as finanças do clube. De acordo com o balanço divulgado nesta sexta-feira (26), o Tricolor teve a sua segunda maior receita bruta da década, conseguiu diminuir a dívida líquida e fechou o ano com R$ 9,8 milhões em caixa.
O montante, no entanto, foi uma valor que já iniciou o ano comprometido para a quitação de dívidas trabalhistas do clube que seguem tramitando na justiça. “Apesar de ter o resultado positivo em 2018, é um dinheiro que fica carimbado devido a centralização de dívidas para o pagamento das trabalhistas. O Paraná fechou o ano com 9,8 milhões em caixa, mas que fica reservado para quitar as dívidas que estão sendo negociadas caso a caso”, explicou o gestor financeiro do Paraná, Fernando Geraldi.
O resultado financeiro só não foi melhor por conta do não-recebimento de uma parcela de R$ 5 milhões dos direitos internacionais, que o clube ainda aguarda, e também do pagamento reduzido da última parcela do patrocínio da Caixa Econômica Federal. Estes, inclusive, acabaram gerando incômodo financeiro nos meses de novembro e dezembro, em que os salários de atletas ficaram atrasados.
Redução da dívida líquida
O balanço apresentou também uma redução da dívida líquida do clube, que era de R$ 153,1 milhões e caiu para R$ 135,7 milhões. “A dívida líquida do Paraná Clube está hoje em R$ 135 milhões. O que a gente vêm nos últimos anos é produzindo um fluxo de caixa positivo e reduzindo essas dívida. Mas existe um longo trabalho a ser feito. A centralização continuará em 2019, ela foi aprovada. O perfil tem que ser melhorado. O Paraná hoje tem muitos credores e isso deixa o poder de negociação menor. O que a gente espera é que o clube siga apresentando resultados positivos para reduzir ainda mais”, finalizou Geraldi.
BandaB