Ipês já colorem Curitiba, que pode ficar ainda mais florida nos próximos anos.

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Florada dos ipês em Curitiba. Foto: Lineu Filho / Tribuna.

Se a florada dos ipês roxos este ano deixa Curitiba ainda mais colorida, a expectativa é de ela fique ainda mais bonita nos anos seguintes. Isso porque a prefeitura já realizou o plantio de 1,5 mil mudas de ipês coloridos ao longo de principais avenidas da cidade. As novas mudas fazem parte do projeto 100 Mil Árvores, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Nas avenidas Paraná e João Gualberto, que ficam mais ao norte da cidade, por exemplo, foram plantadas mudas de ipê amarelo, branco e roxo, que ainda precisam se desenvolver para florescer em sua forma mais exuberante. Em Curitiba, as árvores mais velhas de ipê roxo, boa parte delas plantadas em 1994, assim como as cerejeiras, já deixam seu colorido neste mês de junho. E é melhor aproveitar logo para fazer fotos, pois a exuberância das flores dura aproximadamente 15 dias.

E a floração dos ipês – árvores nativas do Brasil – acontece em tempos diferentes, de acordo com a espécie. O primeiro a se encher de flores é o ipê roxo. Os ipês amarelos e brancos vem logo em seguida, quando caem todas as suas folhas. A Sakura, a cerejeira, floresce junto com o ipê roxo. Apesar de muitos chamarem de cerejeira do Japão, há espécies vindas de outras regiões da Ásia e até da Europa. 

A florada esse ano foi levemente antecipada por conta da estiagem severa registrada em todo o estado. “Com a falta de água, da chuva, deu um pouquinho de diferença na época de floração, mas não que seja algo anormal”, explica o engenheiro agrônomo responsável pelo Horto da Barreirinha Roberto Salgueiro. E com a falta de chuvas, a prefeitura está tomando também todo o cuidado para fazer a manutenção das mudas de Ipê, que demoraram cerca de quatro anos para atingirem altura suficiente para serem plantadas nas ruas. 

Florada dos ipês em Curitiba. Foto: Lineu Filho / Tribuna.

As chuvas, de forma geral, podem atrasar, adiantar ou segurar a florada das árvores. “Se chover mais,a floração fica mais bonita. Como a espécie é nativa de um país tropical, a umidade favorece uma floração mais abundante. A falta de chuva pode mudar alguma coisa, mas pouca coisa. As plantas são climatizadas, agora quem sofre mais são as plantas mais novas”, comenta o engenheiro agrônomo. 

Para não perder todo o trabalho das mudas que já foram plantadas na cidade e que demoraram quatro anos para se desenvolverem, a prefeitura tem regado 400 mudas semanalmente. “Plantamos de setembro do ano passado até hoje cerca de 65 mil árvores. E com a estiagem elas sofrem um pouquinho. Por isso estamos molhando porque nossa preocupação é no pós-plantio. Poxa, se cuidamos delas por quatro anos, vamos cuidar mais um pouquinho para deixar elas se desenvolverem melhor”, conta Roberto Salgueiro.

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