terça-feira, abril 16, 2024

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Explosão em apartamento: Funcionária diz que só informava riscos de impermeabilização se clientes pedissem

Jovem prestou depoimento na tarde desta quarta-feira (17); explosão matou uma criança e deixou outras três pessoas feridas.

Uma funcionária da empresa Impeseg, responsável pela impermeabilização de um sofá no apartamento em que houve uma explosão em Curitiba, afirmou que apenas informava sobre riscos do serviço se os clientes pedissem.

Mariana Caroline Ferreira prestou depoimento, na tarde desta quarta-feira (17), na Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (Deam). Ela afirmou que enviava uma mensagem padrão, elaborada pela proprietária da empresa, que não mencionava a periculosidade do produto ao responder clientes pelas redes sociais.

Uma criança de 11 anos morreu e outras três pessoas ficaram feridas após a explosão, que ocorreu no dia 29 de junho, em um apartamento, no Bairro Água Verde.

Mariana disse que em treinamento, conduzido pelos donos da Impeseg, recebeu orientações de que o produto usado era inflamável, apesar de apenas informar o fato aos clientes que questionavam.

A funcionária afirmou que foi contratada pela empresa como estagiária, em dezembro de 2018, para fazer atendimentos de telemarketing, via Facebook e WhatsApp.

Em relação às orientações que repassava aos clientes sobre o serviço de impermeabilização, a funcionária disse à polícia ser algo muito complicado para entender, e afirmou que apenas transmitia aos clientes que o “produto impermeabilizava o tecido e tinha um ano de garantia”.

Caminho do produto

No depoimento, a funcionária também relatou que o produto de impermeabilização era encaminhado à empresa por uma transportadora. O impermeabilizante era recebido pelos donos em galões transparentes, de cinco a 20 litros.

Segundo ela, assim que o produto chegava, era levado até uma sala trancada. Depois, eram retirados já com uma etiqueta.

Sobre a etiqueta, a funcionária disse que apenas se lembra de ter visto as informações: “impermeabilizante” e a quantidade do produto.

Conforme o depoimento da funcionária, não eram fornecidos equipamentos de proteção para os funcionários que realizavam a impermeabilização.

Ela também disse que no domingo após a explosão, Bruna, uma das proprietárias da Impeseg, ligou para ela à noite, dizendo que a empresa ficaria fechada e pediu para que avisasse as outras duas funcionárias.

G1PR


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