sábado, abril 20, 2024

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Empresa é investigada por entregar carne de baixa qualidade e com rótulos adulterados em escolas de Cambé

Prefeitura denunciou caso após nutricionistas desconfiarem do cheiro forte e descobrirem que número de identificação nos rótulos era falso.

Depois de uma denúncia da Prefeitura de Cambé, no norte do Paraná, a Polícia Civil descobriu que uma empresa distribuía carne com rótulo adulterado e de baixa qualidade nas escolas municipais. O produto seria usado na merenda escolar.

A empresa investigada, que é de Maringá, também na região norte, venceu a licitação do município para distribuir o produto nas escolas. De acordo com a polícia, ela deveria distribuir a carne de um frigorífico de São Paulo, mas estava falsificando os rótulos de procedência.

Durante a investigação, a Polícia Civil encontrou 92 quilos de carne com rótulos falsificados dentro de um veículo da empresa. Ao verificarem a sede da distribuidora, descobriram mais 607 quilos na mesma situação.

“O proprietário confessou que falsificava os rótulos para poder vender a carne para outros municípios porque só tinha licença de funcionamento municipal, ou seja, só podia atuar em Maringá”, explicou o delegado Roberto Fernandes.

Na empresa foram apreendidos, além da carne, 100 rolos de rótulos falsificados e um computador que era utilizado pelo proprietário para criar as etiquetas.

O vice-prefeito de Cambé, Conrado Scheller, explicou que as nutricionistas da prefeitura avisaram que a carne estava com problemas.

“Por causa do cheiro forte, elas pediram algumas vezes para essa empresa fazer a troca dos produtos. Da última vez, as nutricionistas perceberam que os números de identificação dos rótulos eram os mesmos de outras cargas. Elas descobriram o erro após entrarem em contato com o Ministério da Agricultura e com o frigorífico”, detalhou.

A prefeitura informou que vai romper o contrato com a distribuidora e vai chamar a segunda colocada na licitação. Enquanto esse procedimento não é concluído, o município informou que as unidades escolares têm estoque suficiente para a produção das merendas pelos próximos dias.

Ninguém foi preso, mas o proprietário da empresa será investigado, a princípio, por estelionato. As carnes e os rótulos serão periciados.

Veículo estava com mais de 92 quilos de carne adulterada — Foto: Alberto D'Angele/RPC

Veículo estava com mais de 92 quilos de carne adulterada — Foto: Alberto D’Angele/RPC

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