terça-feira, abril 16, 2024

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Perícia em computador mostra fixação de assassino de Rachel Genofre por pornografia infantil

A Polícia Civil divulgou nesta segunda (28)  uma perícia realizada pela Polícia Científica do Paraná no computador de Carlos Eduardo dos Santos,  52 anos, identificado por DNA como o assassino da menina Rachel Genofre. O laudo aponta que ele tem fixação em pornografia infantil, já que fez várias pesquisas envolvendo sexo com crianças. Também foram identificados sites em que ele costumava entrar sempre envolvendo pedofilia.

Em entrevista coletiva, na semana passada,  o delegado da Polícia Civil Marcos Fontes afirmou que o suspeito de matar  Rachel, comete crimes há pelo menos 31 anos no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. O primeiro deles, um abuso sexual contra uma menina de apenas 4 anos, foi em julho de 1985 em Sâo Vicente, em São Paulo. O último crime, segundo as investigações, foi um estelionato, em 2016. Em todos os crimes, Santos usou de mentiras, inclusive identidades falsas para ludibriar as vítimas, fossem de abuso sexual, roubo ou estelionato. Foram pelo menos seis estupros, todas contra crianças entre 4 e 4 anos.

A Polícia já pediu ao Instituto de Criminalística uma análise sobre um possível transtorno de personalidade. Independente do laudo, o delegado esclareceu que Santos será indiciado por homicídio triplamente qualificado por meio cruel e atentado violento ao pudor. “Que ele é autor do crime não há dúvidas, já que o teste genético é 100% seguro. Estamos agora montando a história do assassinato de Rachel e entre o primeiro e segundo depoimento de Santos foram muitas diferenças e muitas coisas que não conseguimos confirmar. Ele é um monstro e que usa da mentira para ludibriar”, disse o delegado Fontes. O suspeito, que estava preso em Sorocaba desde 2016 para cumprir pena de 22 anos por outros crimes, já está em Curitiba e deve ser transferido para a Casa de Custódia.

O crime

Rachel foi encontrada morta dentro de uma mala na Rodoviária de Curitiba em 2008. Durante todos estes anos o crime parecia insolúvel, até que o cruzamento de dados de bancos genéticos nacionais chegaram até o suspeito.

O principal responsável pela elucidação do assassinato de Raquel Genofre, que estava há 11 anos sem solução, foi o esforço conjunto do governo federal e dos governos estaduais do Paraná e de São Paulo na coleta de perfis genéticos de criminosos. Peritos fizeram um mutirão de coleta de DNA de presos em São Paulo, dentro do Projeto de Identificação de Condenados pelo Perfil Genético desenvolvido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os dados apontaram para um match genético com o material coletado sobre o corpo de Rachel Genofre.

BemParana

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