sábado, abril 20, 2024

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Agente de saúde assassinada escrevia em diário sobre as agressões do ex-marido

Mulher de 58 anos foi morta dentro de casa, no bairro Umbará, em Curitiba

Familiares da agente de saúde de 58 anos, Elisete Menin Arnold, morta na última sexta-feira (20) com três tiros dentro de casa, buscam justiça. Escondida dos filhos, ela anotava toda a sua rotina em um diário. Nele, a moradora do bairro Umbará, em Curitiba, expressava com a palavra escrita todas as agressões sofridas pelo ex-marido, agora descobertas pela família.

O filho de Elisete, Rafael Menin, afirma que o homem é o principal suspeito do crime. “Senão ele não teria fugido. Inclusive, a vizinha que morava em frente à minha mãe nos contou que viu ele dar o segundo tiro, então é ele sim”, contou. Após a separação, Elisete  também conseguiu uma medida protetiva contra o suspeito.

Elisete foi casada durante quatro anos com o ex-companheiro. Há dois, resolveu colocar um ponto final na relação. Ela não comentava com os filhos, mas era constantemente agredida pelo ex-marido. “Ela escrevia nesse diário tudo o que estava sentindo, para aliviar seus sentimentos de alguma forma”, explica o filho. “Ela só contava [das agressões] para as amigas, que percebiam os roxos pelo seu corpo. Para mim, que só conversava por telefone, ela dizia que estava tudo bem”, lamentou o jovem.

Além de técnica em enfermagem, Elisete trabalhava como agente comunitária em uma unidade de saúde e, à noite, era cuidadora de idosos. Era apaixonada pelas profissões. O Rafael também reforça que ela era amada pelos filhos. “Minha mãe foi sensacional. Ela já tinha separado do meu pai, que era alcoólatra. Foi guerreira, fez sua independência, se formou, estudou e conquistou tudo que desejava. Infelizmente ela nunca mais vai voltar”, lamentou.

A família agora espera pela prisão do ex-marido de Elisete e acompanha de perto as investigações da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil.

Banda B



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