quarta-feira, abril 24, 2024

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Picolé de leite materno: para que serve e quando é indicado

Também chamado de “peitolé”, recurso é usado para aliviar a dor do nascimento dos dentinhos do bebê

Se você amamenta, provavelmente já ouviu falar em “peitolé” ou “tetolê”. O picolé de leite materno é hoje a maior tendência entre as mamães nutrizes. Criatividade é o que não falta para as mamães na tentativa de atender à todas as demandas do bebê, que até mesmo o picolé de leite materno foi inventado. Somos mesmo incríveis.

Ainda que seja uma ideia super criativa e original, como sempre, nem tudo é um mar de rosas. Alguns cuidados devem ser tomados para garantir a segurança dos pequenos.

As vantagens do picolé de leite materno

O “peitolé”, além de refrescar nos dias mais quentes do ano, representa também uma forma diferente de ofertar o alimento para o bebê. Os bebês maiorzinhos se divertem por um tempão com a novidade. Tudo acaba em uma grande e gostosa brincadeira, um entretenimento, uma verdadeira diversão! Isso significa um tempinho livre para a mãe também, pois você já sabe que encontrar algo que distraia os bebês por um tempo não é nada fácil.

A maior utilidade do “peitolé” sem dúvida alguma, é na época de nascimento dos dentinhos. Ele tem a propriedade de aliviar a dor e o desconforto da primeira dentição dos bebês. Essa ideia se propagou nos grupos de amamentação e nas redes sociais como rastilho de pólvora.

E os relatos são inúmeros, desde bebês que amaram a ideia até outros que simplesmente detestaram (e com direito a cara feia!).

Contra-indicações do picolé de leite materno

Primeiramente, precisamos lembrar que até os seis meses de vida o bebê deve estar em aleitamento exclusivo e a ideia de se misturar frutas na composição não é propícia para um bebê até essa idade! Combinado? Mesmo no caso em que o leite materno seja ingrediente principal.

Embora seja um “produto” somente confeccionado com um único ingrediente (o leite materno), este não deve ser ofertado a crianças menores de seis meses. A recomendação da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) é que mesmo seguindo os critérios de segurança, ofertar o picolé de leite materno é uma opção que deve ser sempre discutida com o pediatra para uma orientação adequada em cada caso.

É bom também lembrar que o leite materno não é uma “refeição” restrita nem enjoativa! Então não precisamos de esforços para trazer um jeito diferente do bebê recebê-lo, já que não podemos mudar o cardápio.

Além de tudo, o cardápio do bebê em amamentação exclusiva é bem diversificado, por incrível que pareça. Eu explico mais detalhes sobre isso no meu livro Sintonia de Mãe, publicado pela Editora Luz da Serra.

O leite materno tem a propriedade de mudar o seu sabor a cada mamada, a cada momento do dia ou da noite e, dependendo do cardápio da mãe, ele também altera seu flavor (sabor e aroma). Isso é fantástico, não? Então, seu bebê tem sim uma refeição diferente e balanceada a cada dia, mesmo só tomando leite materno.

Outra questão é do armazenamento e higiene na preparação. É muito importante que as mamães “fabricantes” do picolé de leite materno estejam atentas às Normas de Segurança para Extração e Armazenagem do Leite Humano. Tudo isso para garantir a saúde alimentar de nossos pequenos.

Além disso, para crianças mais sensíveis, o resfriamento das vias aéreas superiores pode ocasionar maior risco de inflamações.

Todas já sabem, mas é sempre bom lembrar: o leite materno é o melhor alimento e sai do peito na temperatura certa. Então, se for oferecer picolé de leite materno, faça sempre com moderação.

MinhaVida

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