Diretores foram denunciados pelo MP-PR por irregularidades encontradas nos estabelecimentos conveniados ao SUS. Defesa informou que vai entrar com pedido de habeas corpus a favor dos diretores.
A Justiça prorrogou o afastamento dos diretores de duas clínicas psiquiátricas de Londrina, no norte do Paraná, nesta quarta-feira (12). A decisão atende a um pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR), e os diretores ficarão afastados das funções por mais 90 dias.
Os diretores Paulo Fernando de Moraes Nicolau e Mara Lúcia Silvestre foram afastados dos cargos após a deflagração da Operação Hipócrates. Segundo o MP-PR, foram encontradas irregularidades em prontuários médicos e dessa forma as clínicas recebiam mais dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na denúncia enviada à Justiça no dia 23 de maio, os promotores afirmam que as clínicas adiavam períodos de internações e tratamentos para conseguir mais repasses. No dia da deflagração da operação, foram encontrados inúmeros carimbos falsificados de ex-médicos e médicos que trabalham no local. Conforme o MP-PR, esses carimbos eram usados exclusivamente pela direção.
No total, 37 pessoas foram denunciadas na operação por crimes como organização criminosa, maus-tratos, cárcere privado, peculato, falsidade ideológica, lesão corporal, estupro de vulnerável, abandono de incapaz e exercício irregular da medicina.
Por meio de nota, a assessoria das clínicas psiquiátricas disse que “diante da decisão de prorrogar o afastamento a defesa vai entrar com novo habeas corpus a favor dos diretores. Ressaltamos que os pedidos anteriores não chegaram a ser julgados”.
O MP-PR pediu a prorrogação para que os diretores não tenham acesso a documentos das empresas.
G1