sábado, abril 20, 2024

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Diretora e delegado esclarecem suposto atentado em escola de Paranaguá

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou, recentemente, uma campanha para combater as Fake News, considerando que a propagação de boatos e falsas notícias tem impacto real e imediato na sociedade. Prova disso é o caso ocorrido na manhã de terça-feira no Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga, quando um compilado de postagens de um aluno, realizadas em momentos diferentes, induzia que haveria um atentado na escola. Ao que tudo indica, o caso pode ser considerado mais um episódio de Fakenews.

A diretora do Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga, Cristiane Zanini, explicou que soube das postagens do aluno, de 16 anos, por volta das 22h40 de segunda-feira, 1.º. “Soubemos que havia um aluno que estava planejando um ataque como o ocorrido em Suzano. Fui para casa, contatei o Núcleo Regional de Educação, que deu todo o apoio, contatamos a Patrulha Escolar e a Polícia Civil, que já estava monitorando o aluno nas redes sociais”, relatou a diretora.


Ao chegar à escola, na terça-feira pela manhã, a diretora encontrou o aluno que havia feito as postagens, o irmão e a mãe. “Estavam bastante assustados e o aluno comentou que estava sofrendo ameaças. O menino contou que realmente fez as postagens, mas em momentos diferentes e uma pessoa maldosa juntou os fatos e deu a entender que haveria um ataque terrorista na escola”, disse.


O delegado adjunto da 1.ª Subdivisão Policial de Paranaguá, Nilson Diniz, contou que foi registrado um boletim de ocorrência a respeito do fato. “Quando tomamos conhecimento dessas postagens que foram amplamente divulgadas em grupos, determinou-se a confecção do boletim de ocorrência para iniciar as investigações e uma equipe já se dirigiu à escola. Encontramos com o adolescente e diversos parentes de alunos que se apavoraram com o que foi divulgado. Encaminhamos todos para a delegacia e realizamos as oitivas para tentar entender o que de fato estava sendo veiculado”, declarou Diniz.


O delegado afirmou que o adolescente especificou cada uma das postagens divulgadas. De qualquer forma, toda a ocorrência será apurada pela Polícia Civil. “Precisamos ouvir algumas testemunhas para que a Polícia Civil chegue a uma conclusão. A princípio essa ameaça está interrompida. A polícia está pronta para dar toda assistência para a escola”, acrescentou Diniz. Se a população tiver notícia de alguma ameaça que coloque em risco a vida de outras pessoas, a orientação do delegado é para que utilize o canal de denúncias: (41) 34203600.


Ficou claro, segundo o delegado, que algumas postagens foram descontextualizadas. “É importante que tenhamos responsabilidade ao publicar, não é divulgando em rede social que a gente consegue interromper uma ação delituosa, é comunicando aos órgãos responsáveis. Se esse fato tivesse sido levado ao conhecimento da Polícia Civil no primeiro momento, já teríamos resolvido e não teria tomado a proporção que tomou. Peço a responsabilidade de todos que compartilham, vamos tentar resolver o problema e não ascender essa fogueira”, destacou.

Folha do Litoral

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