Vacina contra covid: os países que lideram o ranking de imunização no mundo

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Até agora diversos governos e entidades se organizaram para divulgar números de casos, hospitalizações e mortes por covid-19. No entanto, uma nova gama de dados começa a surgir: a de pessoas que já receberam algum tipo de vacina contra o coronavírus.

Países como Israel, Reino Unido, Estados Unidos, Dinamarca, Rússia, Alemanha, Canadá, China, Itália e Emirados Árabes Unidos largaram na frente na corrida para aprovar imunizantes e usá-los em suas populações. Esses países começaram a vacinar no final do ano passado.

Gráfico sobre vacinação

No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou no domingo (17/1), por unanimidade, o uso das duas primeiras vacinas contra o coronavírus disponíveis em território brasileiro: a da Sinovac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a China, e a da Oxford-AstraZeneca, cujo pedido de uso emergencial foi feito pela Fiocruz — que o governo está tentando importar da Índia.

A vacinação começou ainda no domingo em trabalhadores de saúde. A enfermeira Mônica Calazans, que está há 8 meses na linha de frente do combate ao coronavírus, foi a primeira pessoa vacinada no Brasil, no Hospital das Clínicas de São Paulo. Na segunda, mais trabalhadores da saúde começaram a receber a vacina na capital e o governo do Estado distribuiu vacinas para a imunização no interior.

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A vacinação no Estado de São Paulo, que começa com trabalhadores de saúde e indígenas, foi iniciada alguns dias antes do previsto pelo governador João Doria, que tinha planejado o início para o dia 25 de janeiro.

“O Instituto Butantan — ligado ao Governo de São Paulo — informa que a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitida neste domingo, 17 de janeiro, comprova mais uma vez, e de forma inequívoca, a segurança e a eficácia da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela instituição em parceria com a biofarmacêutica Sinovac”, disse o Butantan em nota.

No restante do Brasil, a imunização com as vacinas do Butantan depende da entrega das doses, que está sendo feita pelo Ministério da Saúde. Na segunda (18/1), alguns estados que aguardavam as vacinas foram surpreendidos com a mudança nos horários dos voos feitas pela pasta.

Não há previsão para o início da imunização com as vacinas de Oxford, já que o governo Bolsonaro ainda não conseguiu importar as vacinas da Índia, onde a AstraZeneca está produzindo as doses.

Israel sai na frente

Proporcionalmente, Israel lidera com folga na imunização contra a covid-19. Cerca de 2,3 milhões de doses de vacina já foram administradas no país, que tem uma população de 8,9 milhões de habitantes. O governo planeja chegar a 5,2 milhões até fim de março.

A vacinação acontece poucos meses antes de uma eleição decisiva para o premiê Benjamin Netanyahu. Ele quer que Israel seja o primeiro país no mundo a vencer a pandemia, e chegou a dizer que isso seria possível já em fevereiro, com a vacinação em massa de sua população.

O país garantiu um contrato com a Pfizer logo no começo da pandemia, mas vem enfrentando desafios logísticos, já que o produto do laboratório exige armazenamento à temperatura de 70 graus negativos.

Gráfico sobre vacinação

Apesar de estar em fase adiantada de vacinação, Israel enfrenta novo surto da doença, e implementou um novo confinamento no início de janeiro (7/1), válido por duas semanas.

Os Emirados Árabes Unidos aparecem em segundo lugar na lista dos países com a taxa mais alta de vacinação, com 19 doses da vacina administradas para cada 100 pessoas. O país árabe tem uma população de quase 10 milhões de pessoas.

Os primeiros países com populações mais expressivas a aparecer no ranking são o Reino Unido e os EUA.

No Reino Unido, que já aprovou duas vacinas (da Oxford-AstraZeneca e da Pfizer), 4,3 milhões de doses já foram administradas. Algumas pessoas do grupo considerado mais vulnerável já receberam a segunda e última dose.

Recentemente, o governo britânico anunciou que vai atrasar a administração da segunda dose, para permitir que mais pessoas recebam a primeira. O intervalo entre as duas doses vai aumentar de três para 12 semanas.

A exemplo de Israel, o Reino Unido também enfrenta um novo surto da pandemia e anunciou duras medidas de lockdown no início de janeiro.

Os EUA não conseguiram atingir a meta anunciada de 20 milhões de doses administradas até o fim de 2020 — foram 2,78 milhões de vacinados até 30 de dezembro.

Até esta segunda-feira (18/1), 12,3 milhões de doses haviam sido administradas no país.

O infectologista Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, disse não concordar com o plano britânico de atrasar a segunda dose da vacina. Segundo ele, os EUA não adotarão essa estratégia.

Fora do ranking, outro país anunciou recentemente um grande programa de vacinação contra o coronavírus. A Índia aprovou duas vacinas — uma de um laboratório local e outra da Oxford-AstraZeneca — e pretende imunizar 300 milhões de pessoas este ano. No entanto, o país é alvo de críticas por aprovar uma vacina que não teve seus testes de segurança e eficácia concluídos ainda.

Os países da União Europeia demoraram mais do que EUA e Reino Unido para aprovarem suas vacinas, já que a decisão passou por um órgão regulador do bloco. O Reino Unido aprovou sua primeira vacina três semanas antes da agência europeia.

BBC

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