sexta-feira, abril 19, 2024

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‘Eu não tenho paz’, diz mulher que foi espancada por quatro horas pelo ex-namorado

Jovem foi socorrida pelo pai do agressor, em Foz do Iguaçu, na terça-feira (15). Ela contou que não estava mais namorando o suspeito há quase um ano, mas ele não aceitava o fim.

Uma mulher, de 19 anos, que foi espancada pelo ex-namorado em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, relatou em uma entrevista nesta quinta-feira (17), que após ser agredida por cerca de quatro horas não consegue ter paz.

“Eu não consigo me olhar no espelho. Não estou conseguindo dormir, eu não tenho paz. Ele me assustou muito, muito. Eu não consigo mais sair para a rua, eu não consigo mais ficar sozinha”, disse ela.

A jovem disse que estava indo pedir emprego em um salão perto da casa dela, na terça-feira (15), quando foi abordada pelo ex-namorado, de 20 anos, no meio da rua. Sob ameaça, ela entrou no carro e foi até a casa dele.

“Cada pancada que ele me dava eu já pensava ‘não vou mais voltar para a minha família’ porque era forte. Aí, eu abaixava a cabeça com o nariz sangrando, ele vinha com os chutes, soco, puxão de cabelo, me chamava de todos os nomes que imaginar, me agredia verbalmente”.

A jovem contou que já não estava mais namorando com o rapaz há quase um ano, mas ele não aceitava o fim do relacionamento.

“Ele falou você vai subir, vai tomar um banho, ficar bem bonitinha, bem cheirosinha, aí você vai escolher com o que você vai morrer. Ele me levou para cima e, chegando no banheiro, eu comecei a assoar o meu nariz na pia. Ele foi para o quarto, voltou, pegou a arma, engatilhou e colocou na minha cabeça. Nisso eu consegui fechar a porta do banheiro. Ali foi o momento que eu achei que eu ia morrer, eu ia morrer ali”, relatou a jovem.

Jovem foi socorrida pelo pai do agressor, em Foz do Iguaçu, na terça-feira (15) — Foto: Reprodução/RPC

Jovem foi socorrida pelo pai do agressor, em Foz do Iguaçu, na terça-feira (15) — Foto: Reprodução/RPC

A agonia da mulher só acabou quando o ex-sogro chegou na casa. Dentro da churrasqueira da casa foram encontradas duas armas, munição e o facão que pode ter sido usado nas agressões.

O suspeito da agressão ainda não foi localizado pela polícia. O caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher de Foz do Iguaçu.

“Eu espero do fundo do coração que ele esteja bem arrependido, que não faça isso com outra pessoa”, concluiu a vítima.

G1PR

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