O governo russo notificou o Google para que nenhum vídeo das manifestações que acontecem no país seja transmitido ao vivo nas redes sociais. A exigência veio do Serviço Federal da Rússia para Supervisão de Comunicações, Tecnologia da Informação e Mídia (Roskomnadzor). No comunicado, o Google é acusado de promover “eventos ilegais de massa”.
A Reuters, um dos sites internacionais a divulgar a informação, classificou o protesto, que ocorreu no último sábado, como o maior dos últimos oito anos. Os russos foram às ruas para exigir mais clareza nas eleições. O pedido veio após denúncias de que nomes de políticos da oposição na região de Moscou estariam em uma lista para serem impedidos de concorrer aos pleitos municipais. A insatisfação, contudo, chegou à revolta com o governo de Putin e à crise econômica enfrentada pela Rússia.
Esta, porém, não é a primeira vez que o governo russo e o Google têm problemas. Em 2018, a empresa foi obrigada a pagar US$ 7.663 (R$ 30.621) de multa após descumprir uma determinação do Roskomnadzor. Na época, foi exigido, por lei, que alguns resultados fossem suprimidos na busca do Google, o que não aconteceu.
Outro imbróglio envolveu uma indisposição entre o Roskomnadzor e o Telegram. Após o aplicativo se recusar a descriptografar as mensagens trocadas pelos usuários, o governo russo bloqueou milhões de IP’s do Google e da Amazon, impossibilitando o acesso à internet. Em seguida, exigiu que a Apple Store e a Google Play Store retirassem o app da lista disponível para downloads no país.
