sexta-feira, abril 19, 2024

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‘Não é tanta notícia ruim’, diz Bolsonaro sobre 100 dias

Questionado sobre os seus cem primeiros dias de governo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (7) que não há “tanta notícia ruim quanto” quanto a imprensa tem publicado. “Cada ministro vai falar da sua pasta e da sua área. Vocês estão acompanhando, vocês são da imprensa. Eu acho que não é tanta notícia ruim quanto vocês têm publicado”, disse Bolsonaro, ao deixar uma casa, na região do Lago Sul em Brasília, onde um amigo de escola militar o recebeu para um churrasco.

Bolsonaro chegou na casa de seu colega de turma pouco antes do meio-dia e deixou o local por volta de 14h30. Perguntado ainda sobre a situação do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, que pode ser demitido nos próximos dias, Bolsonaro disse que o tema será definido hoje. “Amanhã (hoje) a gente resolve.”

Vélez Rodríguez é o pivô de uma crise no ministério da Educação e a possibilidade da sua saída foi indicada pelo próprio presidente, em café da manhã com jornalistas na última sexta-feira. Na ocasião, Bolsonaro disse que esta segunda seria o dia do “fico ou não fico” para o ministro.

Mais cedo, ao deixar o Palácio da Alvorada, o presidente disse que não comentaria os resultados da pesquisa Datafolha, que registraram a pior avaliação após três meses de governo entre os presidentes eleitos para um primeiro mandato desde a redemocratização de 1985. “Datafolha? Não vou perder tempo para comentar pesquisa do Datafolha, que diz que eu ia perder para todo mundo no segundo turno”, afirmou Bolsonaro, ao ser questionado pela reportagem da Folha de S.Paulo na saída do Palácio do Alvorada.

Marcas 
O presidente chega aos cem dias de governo com a marca de ter enviado para o Congresso uma reforma da Previdência e um pacote de medidas de combate à criminalidade, promovendo a flexibilização das regras para a posse de armas e destravado os leilões de portos e aeroportos. Os três últimos são suas promessas de campanha. A agenda propositiva, contudo, se contrapõe a uma sucessão de crises. Levantamento feito pelo Estado indica que, em pouco mais de três meses, Bolsonaro e sua equipe enfrentaram 80 dias de turbulência

Sem medir as palavras e parecendo agir muitas vezes por impulso, o estilo do presidente preocupa até mesmo o núcleo militar do governo. No Legislativo, Bolsonaro não conseguiu formar até agora uma base de sustentação para aprovar os projetos de interesse de sua gestão. Logo na largada, ele comprou uma briga com o Congresso ao carimbar seus antigos colegas na Câmara como representantes da “velha política”, associando o termo à corrupção e ao toma lá, dá cá. Pressionado, Bolsonaro indicou que partirá para negociações no varejo com partidos.

BemParana

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