quinta-feira, abril 18, 2024

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Como a falta de habilidades de liderança nos profissionais prejudica uma organização?

Gestores sem habilidades de liderança comprometem resultados da instituição, além da saúde e bem-estar dos colaboradores. Entenda quais são aas habilidades e práticas que constituem fortes e capazes líderes.

Para alcançar o sucesso, toda empresa precisa de um bom gestor com fortes habilidades de liderança. Mas ser um líder que faça a diferença pode ser difícil na prática. E o que acontece quando a pessoa no comando não consegue desenvolver competências de liderança?

Falta de habilidades de liderança prejudica os funcionários e compromete resultados

Se o gestor não conseguir desenvolver habilidades adequadas de liderança, a empresa pode passar por aumento na rotatividade e adoecimento dos funcionários, além de baixa de produtividade. “Os gestores têm um impacto muito grande na vida das pessoas. Elas levam o que acontece no trabalho para casa e isso pode gerar estresse, burn out ou depressão”, explica a mestre em psicologia organizacional e gestão, Rafaella Andrade.

Fundador da Moai, empresa de treinamento de pessoas, Vinícius Postai afirma que o cenário mais comum em companhias mal geridas é falta de comunicação e pouca produtividade. “Se eu não entendo as demandas dos funcionários, eles não vão ser produtivos e farão o mínimo necessário para que as coisas aconteçam”, relata.

Outros impactos compreendem fofocas, descrença na empresa, perda da capacidade de inovação, aumento nos custos operacionais, falta de compromisso com os resultados e críticas ao gestor e ao empregador, segundo o especialista.

Milton Camargo, empresário do Capital Empreendedora, opina que um processo de avaliação periódica é essencial para identificar quais estratégias funcionam e quais não dentro da empresa. “Assim, os diretores podem dar e receber feedback, os funcionários podem sugerir melhorias, é possível medir a felicidade organizacional e deixar todos alinhados com a cultura da empresa”.

A importância de feedback e valorização

A publicitária Evelyn Santos, 21 anos, pediu demissão de uma agência por conta do comportamento da diretora. “Ela não sabia conversar, só gritar e reclamar. Você não podia olhar para a pessoa do lado e ela não tinha controle de nada. Sempre dizia que tinha muito conhecimento na área, mas na prática todos viam que não”, relembra.

Em menos de um ano, mais de 70% da equipe pediu para deixar a empresa. “A agência é dela e mal consegue se manter por conta da má gestão. Não tínhamos a quem recorrer para pedir mudanças. O trabalho era estressante e ela sempre ligava ou mandava mensagem fora do expediente”, aponta.

Formada em gestão, Juliana Rodrigues, 32 anos, é assistente executiva de uma empresa privada e já sofreu com chefes sem espírito de liderança. “Observo muito que a equipe é produtiva a partir do momento que o líder sabe inspirar. Passei por experiências de trabalhar de maneira arcaica, com chefes que te chamavam de burra por não fazer o trabalho da maneira que eles queriam”, relembra.

Segunda ela, esse tipo de situação pode marcar um profissional. “De vez em quando sinto falta de mais feedback. Nessa hora, a hierarquia demanda muito um supervisor preparado para ajudar a manter um bom nível de trabalho. Falta de comunicação é a pior coisa que pode haver dentro de qualquer equipe e podemos ver isso na rotina”, aponta.

Gestão humanizada e empatia são estratégias-chave

Rafaella Andrade afirma que é complicado definir o que seria o líder perfeito, mas que existem competências que são essenciais a todos, independente da área de atuação.

“Capacidades como saber se comunicar, falar o que quer, delegar tarefas, acompanhar bem a equipe e dar feedback são essenciais para liderança”, exemplifica.

Outro ponto muito importante nas organizações contemporâneas é a questão da empatia. “O gestor precisa entender as características de cada um. Olhar para os pontos fortes e saber aproveitá-los, analisando o que ele pode extrair desse potencial. Além disso, é vital compreender o momento que cada pessoa vive”.

Milton Camargo afirma que ainda que as empresas ainda busquem resultados dos colaboradores, eles não precisam ser a todo custo. “A chefia a base do grito não tem mais espaço. Os millennials buscam líderes que possam ser admirados e querem equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida”, garante.

Dicas para a boa liderança

CEO do Laboratório Sabin, reconhecido em várias categorias como a melhor empresa para trabalhar pelo Instituto Great Place to Work, Lídia Abdalla dá cinco dicas para ser um bom líder:

  1. Ter paixão pelo serviço: um bom líder tem que ter espírito de servir aos outros
  2. Desenvolver equipes: se queremos equipe produtivas e engajadas têm que ter desenvolvimento constante.
  3. Olhar para inovação: todo grande negócio passa por um momento de transformação, então o líder precisa ser capaz de inovar.
  4. Ser humilde: independente do conhecimento e experiência, o líder precisa ser capaz de aprender, desaprender e reaprender.
  5. Criar relações de confiança: os colaboradores precisam ter uma dinâmica de transparência para tratar de qualquer assunto, inclusive questões pessoais.

NaPrática

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