Aos 60 anos, o capelão e empresário Marcos D. Arnhold carrega uma história que começa em Guaratuba (PR), onde nasceu em 1965, passa por uma juventude nômade pelo Brasil e retorna, 50 anos depois, à terra natal para transformar dor em missão: prevenir o uso de drogas e álcool entre jovens, com palestras gratuitas em escolas do Paraná e Santa Catarina.
Dos 15 aos 30 anos, Marcos foi usuário de drogas e álcool; a virada veio quando buscou ajuda em grupos terapêuticos, encontrou no esporte um “antivírus” para o vício e alcançou o topo do pódio: em 2002 foi Campeão Brasileiro de Canoagem Oceânica, em Florianópolis (SC). De lá para cá, além de manter uma loja de piscinas em Guaratuba, ele percorre escolas e comunidades com o projeto “Prevenção: o Antivírus da Vida”, no qual compara o efeito das drogas a um vírus de computador que corrói saúde, família, trabalho e sociedade — e afirma que a melhor defesa é a prevenção.

A ação educativa aborda, em linguagem direta, o que a ciência e a saúde pública já reconhecem: o álcool, apesar de lícito e socialmente difundido, quando abusado, derruba reflexos, multiplica acidentes, fomenta dependência e sobrecarrega o sistema de saúde; o cigarro e seus derivados (inclusive o eletrônico) mantêm alta carga de substâncias tóxicas e aditivas, elevando riscos respiratórios, cardiovasculares e oncológicos; a cocaína e o crack provocam euforia rápida seguida de depressão intensa, com forte compulsão, danos neurológicos e pulmonares e um rastro de violência ligado a dívidas e tráfico; a maconha, embora menos letal que outras drogas ilícitas, compromete memória, atenção e desenvolvimento do jovem, além de carregar fumaça rica em monóxido de carbono e alcatrão; o ecstasy/MDMA, por sua vez, combina efeitos estimulantes e alucinógenos, podendo causar hipertermia e sequelas cognitivas com uso repetido.

Em suas apresentações, Marcos cita sinais de alerta — mudanças bruscas de humor e amizades, queda de rendimento escolar, gastos inexplicáveis, descuido com higiene — e reforça a rede de proteção que inclui CAPS, AA, NA e iniciativas comunitárias e religiosas, lembrando que recuperação é possível e mais eficaz quando há acolhimento e informação qualificada.

Surfista na juventude, ele uniu esporte e propósito ao remar de Florianópolis (SC) até a Ilha do Mel (PR), levando, no caminho, palestras antídrogas e de educação ambiental. Hoje, de volta a Guaratuba, sintetiza sua mensagem em uma frase que costuma repetir aos alunos: “Eu não falo de religião, falo de escolha — é possível mudar a rota, como eu mudei.”
Para levar o projeto à sua escola ou comunidade, Marcos atende diretamente pelo (41) 9 9819-7879 e pelo e-mail olimpiadas2016mc@gmail.com
Redação
